PSWeMPSWeM - PHP SNMP Web Management

Click here to expand the image

1. Introdução:

O PSWeM é uma ferramenta para gerenciamento de redes. Funciona como uma aplicação GERENTE, requisitando informações da MIB dos AGENTES dos equipamentos gerenciados. Estas requisições e respostas entre o GERENTE e os AGENTES são realizadas através do protocolo SNMP (Simple Network Management Protocol):

Figura 1.1: Principais Componentes do Modelo de Gerencia OSI e Internet [Fonte: STALLINGS, W. SNMP SNMPv2 and RMON: Practical Network Management. Second Edition. Addison-Wesley Publishing Company, Inc., 1996.].

Um aspecto importante da metodologia de concepção é a opção de utilizar somente sistemas e fontes free-software. Neste trabalho são utilizados, por exemplo, alguns dos principais softwares condizentes com esta diretriz, tais como o Sistema Operacional GNU-Linux, o Banco de Dados MySQL e a linguagem PHP de script para internet. Como resultados temos a implementação de uma ferramenta que visa ajudar nas tarefas de gerenciamento de nível de serviço (SLM - Service Level Management).


1.1. Uma Ferramenta de Gerenciamento Internet

O Gerenciamento Internet, também chamado de abordagem SNMP ou modelo de gerenciamento SNMP, é padronizado pela IETF (Internet Engineering Task Force), uma organização aberta que define os padrões para a Internet. O modelo SNMP possui uma abordagem genérica, podendo ser utilizado para gerenciar diferentes tipos de sistemas.

O protocolo SNMP (Simple Network Management Protocol), vem sendo ao longo dos últimos anos reconhecido como o padrão de fato para o gerenciamento de equipamentos de rede. Este protocolo tem obtido tanto sucesso em suas implementações, que sua utilização não se restringe mais somente para gerência dos equipamentos tradicionais de rede.

Atualmente, qualquer dispositivo que possua uma interface de rede e que pretenda estar condizente com as perspectivas do mercado, deve possuir a capacidade de ser administrado e/ou gerenciado via SNMP. E esta “tendência SNMP” tem levado fabricantes dos mais diversos equipamentos, tais como fotocopiadoras e impressoras, a dotar seus equipamentos da tecnologia necessária para que possam estar alinhados com esta realidade tecnológica que hoje também se tornou uma realidade de mercado.

Não só na gerência de equipamentos o protocolo SNMP vem obtendo total aceitação. A gerência de softwares também tornou-se algo comum. Não importando o tipo do software propriamente dito, agentes vem sendo criados para possibilitar a gerência dos mais diversos recursos de sistemas.


1.2. Gerenciamento de Nível de Serviço - SLA (Service Level Agreement)

Acordo de Nível de Serviço (Service Level Agreement - SLA), é um contrato entre uma Provedora de Serviços (Service Provider) e o usuário destes serviços. É um acordo, contratualmente garantido, que obriga os provedores a manterem um certo nível de qualidade do serviço. 

Estes provedores podem ser desde empresas terceiras até mesmo unidades internas de uma organização, como o departamento de tecnologia de uma empresa que compromete-se a fornecer serviços com um certo nível mínimo de qualidade para os demais departamentos da mesma empresa.

O crescimento do significado dos SLAs reflete as mudanças da indústria das telecomunicações. A liberalização do mercado nesta área tem sido um importante fator para as mudanças e o aumento da (saudável) competição, e SLAs são uma resposta para este ambiente atualmente tão competitivo.

Com o mercado em fase de abertura e expansão, passa a existir a possibilidade do aumento dos provedores de serviço de comunicação entrarem e competirem pelos consumidores. Estes novos provedores necessitam ganhar mercado e firmarem-se como empresas sérias e competitivas. SLAs são um meio de atrair consumidores e podem contribuir para estabelecer uma imagem de credibilidade para estas novas empresas, através do oferecimento de compensações caso os serviços garantidos não sejam atingidos. 


1.3. SLA - Modelo de Negócios no PSWeM 

Formalmente, um SLA é uma negociação acordada entre duas partes, também denominada algumas vezes como Acordo de Nível de Garantia (Service Level Guarantee). É um contrato que existe entre o Provedor de Serviços e o Consumidor, projetado para criar um entendimento comum sobre os serviços, prioridades e responsabilidades. Um SLA é um conjunto de procedimentos apropriados e objetivos formalmente acordados entre as entidades envolvidas no serviço de redes, com a finalidade de manter uma Qualidade de Serviço (QoS) especificada. Estes procedimentos e objetivos são descritos para um circuito/serviço específico, quantificando a disponibilidade, performance, erros, tempo de reparo do serviço, entre outros, para este determinado serviço.

 O nível total de serviço é definido por um conjunto de parâmetros mensuráveis, cada qual tendo limites (thresholds) que são negociados entre o provedor de serviços e o cliente (usuário). Quando estes limites não são respeitados, normalmente existe algum tipo de indenização em favor do cliente. Em alguns casos, vários “degraus” de limites são definidos, cada limite correspondendo a um grau de indenização entre o provedor do serviço e o cliente. No PSWeM, existe um cadastro onde o valor limite para cada parâmetro pode ser configurado. Quando algum destes valores são violados, imediatamente um alarme é gerado no sistema e enviado para o 'telão' de alarmes (bem como um e-mail para o responsável pela qualidade deste serviço).

 

2. Manual de Operação

2.1 Acessando o PSWeM

Figura 2.1: Tela inicial para os usuários do PSWeM.

Uma observação inicial muito importante é que a interface principal dos usuários do PSWeM, tanto para o usuário Administrador como para os usuários Clientes, é baseada na Web.  Além disso, existem dois tipos de usuários no PSWeM: o tipo Administrador e o tipo Cliente. É importante salientar que o usuário tipo Administrador é aquele que está do lado da Prestadora de Serviços (responsável pela gerência da rede) enquanto o tipo Cliente é aquele que está contratando ou simplesmente utilizando os serviços de alguma operadora ou departamento de tecnologia de alguma organização.

Basicamente, o usuário Administrador deverá cadastrar, manter e atualizar as Interfaces de rede gerenciadas pela Prestadora de Serviços, bem como relacionar estas Interfaces aos devidos Grupos aos quais estes Elementos pertencem.

Além disso, o usuário Administrador deverá ser o principal responsável pelo acompanhamento do SLA de cada Interface. Apesar de o usuário Cliente também estar apto a receber e controlar estas informações, cabe ao usuário Administrador tomar as medidas administrativas e técnicas para que os parâmetros de SLA voltem ao estado desejado.

A página inicial do PSWeM é a de LOGIN. Esta página poderá ser acessada através do endereço http://domínio-da-máquina-gerente/pswem. Assim que o usuário acessar este endereço, uma primeira página irá solicitar o nome do Grupo-usuário e a respectiva senha (Figura 2.1). Passando esta primeira página de segurança de acesso, o usuário poderá finalmente então visualizar e navegar com liberdade em todos os gráficos e relatórios disponibilizados pelo PSWeM para as interfaces de rede do respectivo Grupo.  Caso o usuário seja do tipo Administrador, várias funções que não são disponibilizadas aos usuários Clientes estarão disponíveis. Basicamente, um usuário Cliente só possui permissão para visualização dos relatórios, enquanto o usuário Administrador possui acesso completo a todos os cadastros e funcionalidades da ferramenta.

Logo que o PSWeM é instalado, existe apenas um usuário cadastrado: o usuário "admin", que é um usuário tipo Administrador, com todos os direitos de configuração no sistema (e com direitos de criação de outros usuários - grupos).

- Group: admin
- PassWord: admin

 Na seção “Relatórios por agrupamento de Elementos”, será discutida esta forma de organização por grupos para a disponibilização dos relatórios.

 

2.2.  Tela principal do PSWeM - Lista dos Elementos Cadastrados e Menu Principal

Figura 2.2: Tela principal do PSWeM com a lista de equipamentos cadastrados.

Esta tela (Figura 2.2) é a janela principal do PSWeM e contém a lista de todos os equipamentos cadastrados na monitoração. Clicando sobre qualquer um dos links (as linhas com a descrição de cada equipamento), têm-se acesso ao grupo 'System' da MIB-II do equipamento. Este grupo possui informações cadastrais sobre o equipamento, tais como nome, descrição, responsável e endereço aonde encontra-se o equipamento:

Figura 2.3: Tela principal do PSWeM com os dados do grupo System do equipamento selecionado.

Estes dados são buscados diretamente da MIB do equipamento. Qualquer alteração nestas informações podem (ou não) atualizar estes dados na MIB. Para isto, certifique-se de ter informado a 'Comunidade de Escrita' do equipamento em questão e marque a opção 'Atualizar dados com o Elemento remoto' (realizando alterações nestes dados mas não marcando esta opção, os dados serão atualizados somente  na base de dados do PSWeM, mas na MIB do equipamento continuarão os dados originais).


Menu Principal

Este menu é padrão e permanece visível em todas as telas do PSWeM. É através deste menu que pode-se acessar todos os cadastros e recursos disponíveis no PSWeM. É composto por 5 (cinco) opções, conforme pode ser visto na Figura 2.2:

1.  Cadastro de Elementos: tela principal do PSWeM, que contém a lista de todos os equipamentos cadastrados.
2. Monitor:  possui os seguintes sub-menus:

2.1 Adicionar Grupo: Permite adicionar um Grupo a um "Processo de Monitoração". Um Grupo fora de um processo de monitoração não tem suas interfaces sendo monitoradas.
2.2 SLA
    2.2.1 Configuração de SLA: Cadastro dos limites de SLA para cada interface de um Grupo:

Figura 2.4: Cadastro dos limites de SLA de cada parâmetro em uma interface.

Este cadastro é um dos mais importantes no PSWeM. Estes são os valores que são constantemente analisados, a cada leitura realizada no estado atual do equipamento, para verificação se o status está de acordo com os valores considerados ideais pelo administrador. Caso algum dos parâmetros analisados ultrapasse o limite de qualidade (SLA) configurado neste cadastro, um alarme é gerado indicando qual SLA foi violado.

    2.2.2 Relatórios SLA: Relatórios específicos de SLA, tais como o 'Volume Líderes' (Figura 3.3).
2.3 Gráficos
: Acesso aos gráficos (bandwidth utilization) das interfaces de um Grupo:

Figura 2.5: Gráficos Bandwidth Utilization do PSWeM.


2.4 Alertas:   'Telão' onde todas as mensagens de erro e falhas detectadas pelo  PSWeM são mostradas. Ideal para um ambiente de monitoração de rede (Network Operation Center - NOC). Mostra o 'Alias Name' da interface alarmada, o tipo do alarme (node down, limite de SLA ultrapassado ou serviço TCP down) e ícones para acesso à interface alarmada no equipamento (Figura 2.9) e/ou à interface Web (quando interface de servidor):

Figura 2.6: Telão de Alarmes ativos no PSWeM.

3. Grupos: Adicionar, editar e remover Grupos, bem como administrar quais interfaces pertencem a cada Grupo.
4. Ferramentas: Aplicativos e acessórios disponíveis no PSWeM.
5. Configurações: Permite a troca de senha do usuário 'admin', log de atividades, criação de 'Módulos WatchDog' etc.

 

2.3 Adicionando um Equipamento para Monitoração

PASSO 1:
- Estando na tela inicial do PSWeM, clique em "Click here to add new Element". A seguir,  a tela para inserção de novos equipamentos surge:

Figura 2.7: Tela para inserção de novos equipamentos na monitoração.

Nesta tela, entre com o número IP e a comunidade de leitura do equipamento (certifique-se que o serviço SNMP esteja habilitado no equipamento desejado). Caso você não saiba qual a comunidade de leitura do equipamento, experimente 'public', comunidade padrão na maioria dos equipamentos gerenciáveis ('public' inclusive é o que já está previamente preenchido na caixa "Read Community"). Com a opção "Wizard" selecionada, todos os passos para uma correta inclusão serão automaticamente chamados. Finalmente, clique no botão "Add" para iniciar o processo de inclusão de equipamento.

PASSO 2:
- Conferindo e atualizando as informações do grupo System da MIB do novo equipamento:

Figura 2.8: Informações do grupo System da MIB do novo equipamento.

Confira as informações que o PSWeM detectou no equipamento e atualize as que julgar necessário. Caso queira que as atualizações que você realizou neste cadastro sejam atualizadas também na MIB do equipamento, selecione a caixa "Update data with remote data of Element?". Ao clicar no botão "Add", confirme (ou não) a atualização destas novas informações na MIB do equipamento. Caso você selecione 'Sim' nesta opção de atualização da MIB, é necessário que:
1º) Exista uma Comunidade de Escrita configurada no equipamento;
2º) Você tenha entrado com esta Comunidade de Escrita na caixa de texto "Write Community".

Não confirmando a opção de atualização (ou caso você não tenha informado uma comunidade de escrita), estas novas informações ficarão disponíveis apenas na base de dados do PSWeM, mas a MIB do equipamento continuará desatualizada.

PASSO 3:
- Visualizando e Selecionando as Interfaces Detectadas no novo Equipamento:

Figura 2.9: Interfaces detectadas com o estado Administrativo e Operacional.

Nesta etapa do processo de inclusão, todas as interfaces detectados pelo PSWeM neste novo equipamento são mostradas, com as seguintes informações:

1 - A Descrição da interface segundo informações contidas na MIB do equipamento;
2 - O Status Administrativo da interface (na cor verde indicando que a interface está 'up' ou na cor vermelho indicando que a interface está desabilitada, de acordo com o que foi configurado pelo técnico responsável do equipamento);
3 - O Status Operacional da interface (na cor verde indicando que a conexão está em perfeitas condições de tráfego ou na cor vermelha indicando que a conexão está interrompida por algum problema);
4 - O Tipo da interface segundo informações contidas na MIB do equipamento;
5 - A Velocidade da interface em bits por secundo (bps);
6 - Campo Alias Name: este campo serve para que o administrador do PSWeM forneça uma descrição mais 'amigável' a cada interface. Normalmente utiliza-se  alguma descrição como 'Ethernet 2 Switch Marketing' ou 'Porta 2 - Cliente Lojas X Ltda'. Este 'Alias' é a informação utilizada em todos os relatórios gerados no PSWeM.
7 - Finalmente, um campo 'Add'  do tipo 'check box'  para cada interface. Isto serve para o caso de que não se queira cadastrar no PSWeM determinada interface detectada em um novo equipamento. Caso não deseje adicionar no PSWeM alguma das interfaces detectadas nesta etapa, basta não selecionar o campo 'Add' correspondente a esta interface. Mantendo este campo selecionado, a interface correspondente será inserida nos processos de gerenciamento.

Pressione o botão "OK" quando esta etapa estiver concluída.

PASSO 4:
- Criando um Grupo para inserir as Interfaces:

Figura 2.10: Tela de cadastro de Grupos.

O conceito de Grupos no PSWeM é muito importante. Todas as interfaces cadastradas devem estar inseridas em um Grupo, e este por sua vez é que será adicionado na monitoração. Também é através do grupo que o usuário poderá acessar o PSWeM e visualizar os relatórios das interfaces por ele utilizadas. Nesta etapa do processo de inserção, caso não exista nenhum Grupo cadastrado (na primeira vez que você estiver inserindo elementos na monitoração), o PSWeM automaticamente chama o cadastro de Grupos (Figura 2.10). Informe os dados necessários e clique em "Add". 

Observe a necessidade de um grupo possuir uma senha (campo 'password', de preenchimento obrigatório). Lembre que é através do nome do grupo e esta senha, que o usuário 'dono' deste grupo conseguirá acessar o PSWeM e visualizar os relatórios das interfaces atreladas (e somente estas) a este Grupo.

Terminada esta etapa, será solicitado que você adicione ao grupo recém criado a(s) interface(s) pertencentes a este Grupo, conforme será visto no próximo passo.

 

PASSO 5:
- Adicionando uma (ou várias) interface(s) a um Grupo:


Figura 2.11: Grupo, interfaces disponíveis e interfaces pertencentes ao Grupo selecionado.

Neste cadastro, temos um passo importantíssimo na inserção de interfaces ao monitoramento: a indicação de quais interfaces detectadas no novo equipamento serão inseridas no Grupo criado. Observando a Figura 2.11, podemos ver um Grupo de nome 'localhost' e duas interfaces na lista de 'Elementos Disponíveis'. Para inserir estas duas interfaces no Grupo 'localhost', basta selecioná-las e clicar em 'Add'. Imediatamente estas interfaces sairão da lista de 'Elementos Disponíveis' e passarão para a lista 'Lista de Elementos', que indica quais interfaces pertencem ao grupo indicado no campo 'Group Module'.

Mantendo o campo 'Update this Group in the process of monitoring' selecionado, o próximo passo será automaticamente chamado.

PASSO 6:
- Inserindo o Grupo em "Processo de Monitoração":

Figura 2.12: Atrelando o Grupo ao Processo de Monitoração desejado.

Este cadastro de "Processo de Monitoração"  existe para tornar o PSWeM flexível quanto a forma como irá gerenciar cada Grupo. Estes processos poderão ser individualizados quanto as suas características de pooling, tipos de gráficos etc. Inicialmente, temos um Processo padrão já criado no PSWeM, denominado "MRTG..." (este nome deve-se ao fato de que este Processo parece-se muito, quanto ao tipo dos gráficos criados, com o estilo da ferramenta MRTG).

Estando o módulo do Processo selecionado na lista "WatchDog Module", selecione o Grupo na lista 'Available Groups' e clique em 'Add'. Imediatamente este Grupo passará para a lista dos  grupos em monitoração: 'Groups in Monitoring'.

Concluído este passo, você pode clicar no ícone "Cadastro de Elementos" para voltar a tela principal do PSWeM.

 

3. Acessando e visualizando as interfaces de um equipamento monitorado

Este recurso permite uma visualização gráfica de todas as interfaces cadastradas de cada equipamento. É possível verificar o status operacional de cada interface (up ou down), bem como a alteração do 'Alias Name' da interface. É também neste cadastro que pode-se trocar o estado administrativo (habilitar ou desabilitar o tráfego de dados na interface) de uma determinada interface, ou seja, pode-se aqui cancelar o serviço de algum cliente ou rede, cancelando totalmente a passagem de dados nesta interface:

 

Figura 3.1: Visualização das interfaces de um equipamento gerenciado no PSWeM.

Este cadastro com a visualização das interfaces de cada equipamento pode ser acessado a qualquer momento através do ícone localizado ao lado da descrição de cada equipamento na tela principal. 

A cor verde na interface representa que o 'status operacional' está up, ou seja, os dados estão trafegando normalmente na interface. Caso a cor seja vermelha, há uma interrupção no tráfego de  dados na interface.

Apontando-se o mouse sobre cada uma das interfaces representadas, surge uma descrição sobre a interface, como podo ser visto na Figura 3.1. Clicando sobre o ícone de alguma das interfaces, pode-se visualizar o cadastro desta interface:

 

Figura 3.2: Cadastro e informações de uma interface.

Nesta tela temos detalhes físicos da interface, e a possibilidade de troca no 'Alias' da interface, bem como a opção sobre se desejamos que os problemas nesta interface gerem alarmes no sistema ou não. Finalmente, clicando sobre o ícone da interface no campo 'Administrator Status', temos a opção para troca deste estado. Caso o estado esteja up (verde) e clique-se neste ícone, uma janela solicita a confirmação desta alteração. Caso você confirme a operação, imediatamente uma ordem é enviada para o equipamento e este cancela todo o tráfego de dados na interface. Para colocá-la em operação novamente, basta clicar sobre o mesmo ícone e confirmar a troca do estado, agora de down (vermelho) para up (verde).

 

4. Relatórios por agrupamento de Interfaces - Relacionando Interfaces à Grupos

Um dos cadastros existentes no banco de dados do PSWeM é o de GRUPOS. A seguir temos a tela onde é possível associar as interfaces disponíveis no PSWeM (interfaces já detectadas pelo processo de discover) ao Grupo correspondente (clique no ícone principal 'Grupos' para visualizar este cadastro):  

 

Figura 4.1: Cadastro de associação de Interfaces à Grupos do PSWeM.

Neste exemplo, podemos observar as interfaces atribuídas ao grupo "Metropoa-Backbone01" na lista “Elementos cadastrados”, bem como os “Elementos disponíveis” (que não pertencem ao grupo selecionado).

Inicialmente estes grupos servem para controlar as interfaces pertencentes a cada usuário ou organização, restringindo para este grupo a visualização somente dos relatórios correspondentes. Então, quando um usuário final deseja acessar os gráficos de seus elementos de rede, a forma como deve identificar-se para que o PSWeM libere estas informações, é informando o seu Grupo e a respectiva senha de acesso para este grupo. Outro objetivo prático para o conceito de grupo foi eliminar a necessidade da criação de usuários independentes no PSWeM. Cria-se um grupo e dá-se acesso ao grupo no PSWeM. Cabe à organização responsável por este grupo decidir quem terá a senha de acesso aos relatórios.

Mas certamente uma característica muito importante no que tange esta organização de interfaces por grupo, é a possibilidade da geração de relatórios “executivos” com totais por grupo. Como poderá ser observado nas próximas seções, existem relatórios cumulativos ordenando elementos segundo suas performances. Pois são baseados nas interfaces pertencentes ao grupo que interface é classificada, assim como os relatórios de “totais”, que sempre são o somatório de um ou mais indicativos das interfaces pertencentes ao grupo no qual este relatório está sendo emitido. Lembremos que o PSWeM poderá estar atendendo inúmeros grupos, cujos usuários não terão conhecimento da existência dos demais elementos gerenciados além dos seus próprios. Daí esta necessidade que o foco de determinados tipos de relatórios seja sempre considerando-se o grupo e não o total de interfaces gerenciadas pelo PSWeM.

Por outro lado, é bom observar que uma mesma interface  pode pertencer a um ou mais grupos.  Isto se deve ao motivo que uma interface pode fazer parte do, por exemplo, grupo “Interfaces Ethernet 10 Mbps”, para que seja possível um gerenciamento destes tipos de interfaces específicas, mas ao mesmo tempo pode pertencer ao grupo “Marketing”, por ser uma interface que atende este cliente dentro da organização.

 

4.1 Criação de Grupos

Este é um passo básico para a liberação das informações de gerenciamento das diversas Interfaces. Para que cada usuário Cliente possa visualizar os relatórios das suas Interfaces, é necessário que estas estejam relacionados ao seu Grupo.

 Uma senha inicial para acesso por parte do usuário Cliente também deverá ser especificada neste passo pelo usuário Administrador:  

   

Figura 4.2: Cadastro de Grupos (Clientes) no PSWeM.


4.2 Relatório "Volume Líderes"

Este relatório lista, em ordem crescente, o ranking da interface que mais recebe tráfego até a que menos recebe tráfego. Cada interface é identificada pelo 'Alias Name'. Também é mostrado a velocidade, o total (somatório) de bits que passou na interface e a média de utilização. Este relatório pode ser acessado em:

Ícone principal 'Monitor' - 'SLA' - 'SLA Reports'

Deve-se então selecionar o Grupo e após no botão 'Show'. Um exemplo deste relatório pode ser visto na figura abaixo:

Figura 4.3: Relatório 'Volume Líderes'.

 

5. Configuração mínima e observações para instalação do PSWeM

Em primeiro lugar, devemos lembrar que o PSWeM funciona em uma arquitetura 'Cliente - Servidor'. Ou seja, temos uma máquina servidora, onde o PSWeM está instalado e uma ou mais estações clientes. Mas o próprio equipamento servidor pode ser utilizado como uma estação cliente.

5.1. Topologia da Rede

Em virtude do tráfego gerado pelas requisições e respostas SNMP, ICMP e TCP entre o servidor PSWeM e todos equipamentos gerenciados, é indicado que o servidor esteja em um ponto de rede com a menor segmentação possível. Recomenda-se que esteja ligado diretamente em uma porta dedicada de um 'core' switch (ou equivalente).  Também deve-se observar que o servidor deve ter acesso via TCP/IP a todos os equipamentos a serem gerenciados, bem como a toda  rede onde se encontrarem as estações clientes.

5.2. Estações Clientes

As estações clientes são computadores 'normais', desde que possuam acesso à rede onde encontra-se o servidor PSWeM. Estas estações poderão ser somente internas à organização onde encontra-se o PSWeM ou também externas. Para liberação de acesso externo ao PSWeM, é necessário que exista um domínio (URL) e um IP válido na Internet para este servidor PSWeM. O controle do acesso é realizado através da existência de usuários (Grupos) e a validação destes por senhas armazenadas no Banco de Dados.

Equipamento do Servidor: PC com processador Pentium ou AMD equivalente 266 Mhz.
                                            Memória: 128 Mb.
                                            Disco: 200 Mb.
                                            Placa de Rede: 10 Mbs (100 Mbs preferencialmente).

Software do Servidor......: Sistema Operacional GNU-Linux.
                                            Servidor Web Apache com suporte ao Banco de Dados MySQL e ao PHP.
                                            Banco de Dados MySQL.
                                            Suporte a linguagem de programação PHP.
                                            (Detalhes de versões e nomes dos pacotes são encontrados no INSTALL.txt que acompanha a distribuição do PSWeM).

Configuração do Cliente.: Qualquer computador e Sistema Operacional.
                                            Qualquer Navegador Web.
                                            Resolução Gráfica de Vídeo: 1024 por 768 pixels (mínimo). Cores: 16 bits (mínimo).
                                            Rede: é necessário que este computador cliente tenha acesso à rede onde encontra-se o servidor PSWeM.